segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Adolescente alega que matou para não ser violentado

IPATINGA - A delegada Lívia Athaíde, titular da Delegacia Adjunta de Orientação a Menores (DAOM), aguarda a conclusão do laudo pericial da reconstituição de um violento homicídio descoberto no dia 23 de dezembro passado. A espera é para confirmar a história de um adolescente de 17 anos, se ele teria agido sozinho ao matar o ajudante Deivit Viega Pereira, de 19 anos.
A morte de Deivit foi uma das mais violentas de 2011, segundo o laudo do Instituto Médico-Legal (IML). Ele foi morto com mais de 80 golpes de uma pequena faca, do tipo punhal, no Parque Ecológico das Águas, na avenida Cândido Rondon, no bairro Veneza I. A arma, que não foi localizada, segundo o garoto foi jogada no ribeirão Ipanema.
A delegada informou ao DIARIO DO AÇO que a reconstituição é para tentar tirar dúvidas se o menor agiu sozinho no caso. “É um crime com teor passional, motivado por muita raiva. Vamos aguardar o laudo para esclarecermos alguns pontos que estão obscuros”, comentou Lívia.
O garoto chegou acompanhado da mãe. Para ela, que é mãe de três filhos, foi uma surpresa a Polícia procurar o seu filho. “Pegaram uma roupa suja de barro no cesto, mas não era a roupa que o meu filho usava”, disse ela, afirmando que o filho deveria pagar pelo que fez, ficando internado em algum centro de reeducação.

Revelou
Ela afirmou que o filho não revelou o crime facilmente, só depois da presença dos policiais é que o rapaz contou o que aconteceu. “Ele alega que o rapaz queria estuprá-lo. Meu filho diz que brigou com esta pessoa e aconteceu isso. Eu nem sabia que ele usava drogas, e ele revelou para mim que tinha um mês que fumava maconha”, lembrou a mulher.
O adolescente explicou, aos peritos José Batista e Gilmar Miranda, sob o acompanhamento da delegada Lívia e sua equipe, como aconteceram os fatos. Eles usavam drogas e, em um dado momento, Deivit teria tentando agarrar o rapaz à força para fazer sexo. O jovem reagiu em cima da ponte que existe sobre a vazante da lagoa e os dois caíram na água ,onde com o punhal ele desferiu os golpes na vítima.
Os policiais encontraram um par de chinelos no local, que seria da vítima. Lívia disse que vai aguardar a conclusão do laudo da reconstituição e da perícia realizada no dia da localização do corpo de Deivit. “Mesmo se for apenas ele, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) só prevê a internação máxima de três anos para menor em um CIA (Centro de Internação de Adolescente), o que não existe na região”, finalizou Lívia.

Fonte:http://www.diariodoaco.com.br/noticias.aspx?cd=60404

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